quinta-feira, 17 de setembro de 2009

magias e maldicoes


As Bonecas Vodu


Na verdade, as bonecas tipo vodu são muito mais antigas do que comummente se julga.

Essas bonecas de maldições, onde eram trespassados alfinetes e inscritas tanto orações como os pedidos da bruxaria realizada, remontam ao antigo Egipto.

Exemplos delas podemos encontrar no museu do Louvre em Paris, onde ali estão exibidas bonecas usadas para fins mágicos que remontam a II-III d.C. e mesmo períodos anteriores da antiguidade Egípcia.

As bonecas de vodu, como hoje sao conhecidas, eram denominadas «Kolossoi» entre os magos Gregos.

As maldições eram executadas atraves da boneca, torcendo das formas mais violentas os membros dessa, assim como horríveis mutilações. Não se pretendia com isso mutilar a vitima, nem causar a destruição física do visado pela bruxaria, mas antes confundir os seus desejos, a sua vontade e os seus esforços, de forma a que se conseguisse obter um certo fim. Por exemplo:

- se se deseja uma mulher ou homem, pretende-se causar-lhe tal nível de desnorte, que essa pessoa venha a cair nos braços de alguém sem saber como, tal a forma como fica fragilizado; Se se deseja ganhar um negocio a um competidor, o objectivo é torna-lo de tal forma confuso e sem forças, que ele perca controle da situação e seja vencido; etc....



3-
As Placas de Maldição e a origem do termo «Amarração»
Na Grecia e em Roma, era contudo mais frequente executar bruxaria através das Placas de Maldições, que eram folhas de chumbo preparadas para a realização de actos mágicos e espirituais.

Os trabalhos de magia podiam igualmente ser executados em papiros preparados para esse efeito.

É curioso que todo o tipo de maldição inscrita nas placas ou bonecas, era denominada de «amarração».

O termo «amarração» advem do Grego «Katadesmos», «Katadesmoi», «Katadein».

O termo deriva de um verbo encontrado nas próprias placas de maldição e que significa «prender», «amarrar»,«restringir».

O termo é usado por Platão na sua obra «Republica», e refere-se tanto á forma fisica das placas de maldição, ( que sao «enroladas», como que «amarradas» sobre si mesmas quando o feitiço nelas inscritas esta redigido e concluído), como á própria função das mesmas placas, que é «restringir» a vida de alguém.

No latim, o termo provem de «defixio» que significa igualmente amarrar e que igualmente pode ser encontrado nas placas de maldição romanas.

Por isso, o trabalho a que actualmente chamamos «amarração», nao é na verdade um trabalho exclusivamente amoroso ou com fins eróticos, tal e qual hoje comummente é entendido.

Na verdade, todo o trabalho de bruxaria era feito por via de uma maldição, e todo esse trabalho por sua vez era denominado uma «amarração».

Explica-se:

- a amarração visava «amarrar» a pessoa visada pela bruxaria a um certo fim, a um certo destino.

Por isso se dizia que uma pessoa embruxada tinha sido «amarrada», pois a vida dessa pessoa tinha sido restringida de forma a que certo efeitos lhe sucedessem.

Daí o termo «amarração», que era igual a dizer que a pessoa fora «amarrada», ou «constrangida», ou «condicionada» de forma a que certos efeitos lhe sucedam na vida.

Na antiguidade, dizer que alguém tinha sido amarrado, era equivalente a dizer que alguem tinha sido embruxado, fosse para que finalidade fosse.

Mas o termo esotérico de «amarração» tem outra origem e explicação, esta talvez mais técnica do ponto de vista da metodologia mística.

Nesses tempos ancestrais, atraves do processo magico, entendia-se que a alma da pessoa visada pela bruxaria era amarrada a um espírito de um morto, sendo que o espírito desse morto iria ficar na vida da pessoa amaldiçoada, até que esse espírito do falecido fizesse cumprir o objectivo da bruxaria na vida dessa pessoa enfeitiçada.

Para melhor entender:

os cemitérios ou as suas imediações, eram por isso tidos como locais férteis para a pratica de bruxarias, porquanto neles abundavam espíritos de mortos.

A placa de maldição, onde estavam inscritas orações de conjuro, a maldição e o nome da vitima, era amarrada á mao do morto, ou amarrada ao corpo do morto.

Desta forma, procurava-se que o espírito do defunto a quem a bruxaria foi amarrada, se encarregasse de ir para a vida da pessoa embruxada e cumprisse a missão que lhe foi encomendada.

No fundo, o contacto da placa de maldição com o morto, deveria levar a vitima e ser restringida pela acção do espírito desse mesmo morto.

A vitima era quase sempre assinalada na Placa de Maldição pelo seu nome e pelo nome da sua mãe, pois a mãe era uma fonte segura de identificação certa da vitima, ao passo que a identificação do pai poderia levar a equívocos.

Dessa situação, falava o provérbio latim, ao declarar: «Pater incertus, Mater certa».



4-
Locais de Despacho das Placas de Maldição
As sepulturas eram os locais fundamentais para se proceder ao deposito das Placas de Maldição, e assim a completar execução de um trabalho de bruxaria por meios de uma maldição.

As sepulturas ou covas preferidas pelos bruxos, eram as de pessoa que tinham falecido tragicamente e vitimas de morte violenta.

Assim era praticado, pois diziam os velhos conhecimentos espirituais que as almas daqueles que morreram prematuramente vagueiam perto das suas covas em tormento e sem descanso, até que chegue a altura em que deveriam ter partido para o mundo espiritual. Até chegar essa hora, todos esses espíritos que vagueiam se descanso na terra, sao passíveis de serem facilmente invocados.

Tambem os campos de batalha, assim como os locais de execução de pessoas, ou mesmo os locais em que as pessoas tinham falecido sem oportunidade de se lhes oferecer os ultimos ritos de funeral, eram tambem outros dos mais poderosos locais para a execução de bruxarias na forma de maldições.

Como já foi explicado, sabia-se que a alma de pessoas que faleceram de morte violenta, ou que o espírito de pessoas que morreram prematuramente, iriam permanecer vaguendo por este mundo até que chegasse a hora em que deveriam na verdade ter falecido, e apenas nessa hora as ditas almas amarguradas abandonariam este mundo.

Como essas almas vítimas de morte violenta ou prematuras, faleceram antes dessa hora, dizia-se que esses espíritos estavam condenados a percorrer este mundo como fantasmas em tormentos. Ora, os campos de batalha e os locais de execução de criminosos eram locais ferteis em pessoas que tinham sido mortas de forma violenta e certamente abreviando a sua vida, ou seja, provavelmente em alguns casos seriam pessoas que faleceram antes da sua hora.

Sabia-se igualmente que mesma sorte sofrem aqueles que morreram sem oportunidade de se lhes prestar um funeral condigno e os últimos ritos de enterro.

A esses, os Gregos denominavam «Atelestoi».

Ora, juntar ao cadáver dessas pessoas a Placa de Maldição com uma bruxaria ( sempre que possível, a Placa de Maldição era amarrada ao defunto), era influenciar o espirito atormentado desse defunto a atormentar a vida da pessoa visada pela bruxaria, causando-lhe assim restrições. Essas restrições que a vitima iria sofrer, iriam a seu tempo conduzir á produção dos objectivos ditados pela magia que fora feita.

Se por exemplo uma maldição tinha sido lançada para que um desportista perdesse uma competição, o espírito do morto ao qual essa pessoa foi «amarrada» iria actuar na vida dessa mesma pessoa de forma a afectar-lhe e restringir-lhe a saúde tanto psicológica como física. A seu tempo, a vítima acabava por ficar desconcentrada, descontrolada e mesmo fragilizada tanto mentalmente como fisicamente, o que facilmente podia conduzir ao aparecimento de lesões e subsequentemente á perda de uma competição. Por este breve exemplo, é fácil entender como um espírito que foi «amarrado» á vida de uma pessoa, pode «restringir» essa mesma de forma produzir os efeitos desejados por uma maldição.

Ao espírito do atormentado era endereçado um pedido, e o atormentado iria fazer com que esse pedido fosse realizado na vida da vitima dessa bruxaria.



5-
Como funciona a Bruxaria: as Maldições na forma das Amarrações
Tal como se pode verificar por todo o exposto, o termo «amarração» descrevia nao apenas uma bruxaria com fins sentimentais ou eroticos, mas antes tudo aquilo que era uma bruxaria.

Podemos mesmo concluir que o termo «amarração», nasce desta pratica magica de natureza necromante, ou seja, a bruxaria por via da qual uma maldição era «amarrada» a um morto, de forma a que o espírito desse morto fosse também «amarrado» á alma da pessoa atingida pela feitiçaria, de forma a que o espírito do morto «restringisse» a sua vitima e assim, fizesse cumprir na vida da mesma os fins a que o trabalho se propunha cumprir.

Como tambem podemos facilmente concluir, toda a bruxaria esta fortemente ligada á produção de maldições com fins específicos, e a execução dessas maldições é conseguida através de processos de invocação de espíritos de mortos.

E logo assim, entendemos que os espíritos dos mortos, uma vez «amarrados» á pessoa atingida pela bruxaria, causam nas suas vitimas uma acção de «amarração», ou seja, «restringe» a vida dessa pessoa de tal forma até que nela vão suceder os eventos enunciados pela maldição.

Estes esclarecimentos históricos são importantes, para que se possa compreender como, na verdade, funciona a bruxaria que pode afectar a vida de uma pessoa, de uma família, de um lar ou ate mesmo de uma instituição.
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Que sintomas revela uma pessoa amaldiçoada, ( ou enfeitiçada) ?
Toda a feitiçaria, funciona através de maldições que visam insinuar-se e influenciar alguém no sentido de se produzir um certo efeito.
 Existem maldições de feitiçaria que podem ser lançadas para todos os fins:
Eróticos, de vingança, de aproximação, de domínio, de afastamento, de submissão, de impotência, de exaltação, etc…
Um dos exemplos bíblicos de uma pessoa sob maldição, podemos encontra no Faraó que avisado por Moisés para libertar o povo Judeu, viu a sua vida «enguiçada» com praga sobre praga a um ponto que tanto a sua vida pessoal, como a a existência do seu estado, se viu ameaçada.
Outro dos exemplos bíblicos de uma pessoa sob maldição, podemos encontrar no rei Saul, que atormentado por demónios vindos de Deus, ficou de tal forma fragilizado que acabou por ceder o seu trono a David.
Por tudo isso, crê-se que uma pessoa que se encontre sobre efeito de uma maldição oriunda de um malefício, ( feitiçaria), normalmente exibe o seguinte quadro de sintomas, ( nem sempre exibe todos estes sintomas, pode exibir apenas um ou alguns deles):
1-ocorrência de problemas sistemáticos na vida da vitima, sejam revezes, contratempos, imprevistos, tribulações, etc
2-ocorrencia de estados de acentuada irritabilidade, e por isso estados reveladores de desequilíbrio e perturbação espiritual
3-ocorrencia de distúrbios no sono ou sonolências anormais, e que costuma ser um sinal da infestação de espíritos
4-ocorrencia de estados espirituais perturbados, inclusive pesadelos e sonhos intensos, ( alguns recorrentes), ou completa amnésia quanto ás suas actividades oníricas tal é o grau de intensidade das mesmas
5-um certo alheamento relativamente á vida, ou a súbita tomada de decisões quase inexplicáveis ate pela própria pessoa
6-ocorrencia de falta de interesse sexual , ou um ávido interesse, conforme a finalidade de uma maldição no seu sentido erótico
7-Ocorrencia de climas de desarmonia, intranquilidade e falta de paz na família, no trabalho ou em geral na vida da vitima
8- Ocorrência de estados psicológicos fragilizados, ou de isolamento, ou de indecisão e que teimam em fazer a pessoa cair em atitudes erráticas ou contraditórias
9- Por vezes mesmo, a persistência de dores de cabeça que se verifiquem não possuir qualquer explicação médica, mas que teimam em perseguir a pessoa
10-. Um estado geral de má sorte, bloqueios e impedimentos  que parece perseguir de tempos a tempos a vida de uma pessoa
11-A pessoa amaldiçoada pode mesmo revelar comportamentos rebeldes, ou que evidenciam uma revolta mais ou menos inexplicável, ou que manifestam uma tendência para vícios que não tem causa lógica, ou ate mesmo um sentimento de frustração e desconforto que persiste em acompanhar a pessoa, pois que ela esta sendo infestada por espíritos e mesmo não tendo disso consciência, ( pois que os seus olhos não os vêem), a pessoa contudo pressente no seu intimo que algo não esta certo e acaba por manifestar condutas algo desorientadas, contraditórias, impacientes, revoltosas, indecisas, atípicas, como se a pessoa parecesse não estar totalmente «em si mesma», ou não soubesse bem o que quer, ou tanto hoje actuasse num sentido e amanha noutro, ou pareça evidenciar um estado de  irritabilidade e intolerância.
12-Ocorrencia de ruídos estranhos, barulhos e sons e inexplicáveis no seu lar, especialmente em períodos nocturnos
13- Ocorrência de desaparecimentos inexplicáveis de objectos que por vezes tendem a mais tarde reaparecer sem qualquer explicação lógica
14- Ocorrência de visões de espíritos em visões nocturnas, ou a nítida sensação da presença deles, ou a avistamento inexplicado de vultos
15- Ocorrência de experiencias estranhas com animais que tendem a teimar em aparecer ou a comportar-se de forma estranha diante da sua presença, (animais como: cães, gatos, cavalos, serpentes, pombas, mochos, aranhas, moscas, corujas, lagartos, abelhas, vermes, etc)
16-Uma sistemática e inexplicável ocorrência de fenómenos estranhos á sua volta com equipamentos eléctricos ou electrónicos que tendem a parar de funcionar, ou funcionam de forma estranha, ou a avariar-se sem explicação e de forma anormalmente persistente
17-Ocorrência sistemática e sem explicação médica de uma sensação de angustia que teima em perseguir a sua vida, e que normalmente decorre da sua alma poder encontrar-se sob influencia de uma maldição ou malefício
Alguns dos efeitos de uma maldição operam-se de forma visível aos olhos, ( nomeadamente aqueles que correspondem a eventos negativos que sucedem na vida de uma pessoa, ou a comportamentos exteriores que ela evidencia), ao passo que outros efeitos operam-se de forma invisível pois que se manifestam em tormentos espirituais internos na pessoa amaldiçoada. Uma maldição não é algo visível, pois que é um fenómeno que opera a nível espiritual, infestando a alma de uma pessoa. Assim, embora não sendo maioritariamente visível, a maldição é um fenómeno terrível e devastador.
As sagradas escrituras atestam que o criador das bênçãos e das maldições foi Deus, pois que Ele assim o anunciou em Deuteronómio 11,26 ao revelar:
«Vede! Hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição».
Porque alguns crêem por isso que a maldição é uma poderosíssima obra de Deus, e é um dos instrumentos pelos quais opera a magia, ( a magia opera fundamentalmente através de processos de conjuração espiritual  - como intercedências ou consagrações - que visam apelar a forças espirituais para que se gerem bênçãos ou maldições sobre alguém ou sobre algo),  uma pessoa, instituição ou local que seja amaldiçoados por um processo místico como os de são Cipriano, ( a isso se chama comummente um «feitiço»), permanecerá amaldiçoada ate que ceda aos fins da maldição, e amaldiçoada fique enquanto não ceder, e que assim sucede ate que ceda ou amaldiçoada permaneça.
Depois de lançada uma maldição sobre uma criatura, que sucede á sua vitima?
Depois de uma maldição, ( seja qual for o seu fim), estar lançada com sucesso sobre a criatura amaldiçoada, será a sua força, ( ou fraqueza espiritual), que irá ditar em quanto tempo ela sucumbirá aos fins que ela maldição pretende impor. Ela será infestada de forma gradual mas firme, a fim de ser lentamente torturada ate ser forçada a cair no objectivo da maldição.
Ensina-nos a bíblia que perante a maldição de Deus, ( que Moisés lhe transmitiu), o Faraó foi forçado a libertar o povo hebraico, ao passo que o rei Saul atacado por uma maldição, (por um espírito mau ao serviço de Deus),  foi induzido a uma série de circunstâncias que o levaram a perder o seu trono. Cada um deles, demorou o seu tempo a cair na maldição. O Faraó avisado por Moisés, necessitou de 10 pragas e mesmo assim insistiu em perseguir o povo de Deus, não se vergando perante a maldição e levando o seu exército a uma enorme perda. Por assim ser, sabe-se que se a pessoa for espiritualmente mais forte poderá resistir, e se for espiritualmente mais fraca irá mais facilmente cair aos fins do malefício.
Saul foi amaldiçoado e atormentado por um espírito mau vindo de Deus
 ( I Samuel 16, 14-15)
O Faraó foi atormentado por uma maldição constante de 10 pragas, anunciadas por Moisés
Job foi amaldiçoado e infestado por Satã, que actuando ao serviço de Deus assim o infernizou a fim de testar a sua fé
( Livro de Job, capitulo II).
Por isso, uma coisa se sabe:
As maldições conforme foram criadas por Deus , se promulgadas pelo Seu poder e conforme actuaram tanto no Rei Saul , como no faraó que Moisés afrontou, como em Job … são imparáveis.
Ensina-nos a bíblia que perante a maldição de Deus, o Faraó foi forçado a libertar o povo de Deus, e que o rei Saul foi induzido a uma série de circunstâncias que o levaram a perder o seu trono. Cada um deles, demorou o seu tempo a cair na maldição. O Faraó avisado por Moisés, necessitou de 10 pragas e mesmo assim insistiu em perseguir o povo de Deus, não se vergando perante a maldição e levando o seu exército a uma enorme perda.
Toda a feitiçaria, funciona através de maldições que visam insinuar-se e influenciar alguém no sentido de se produzir um certo efeito. Toda a maldição apenas produz o seu fruto apenas se Deus permitir, sendo que as maldições segundo se crê em certos círculos ocultistas, tendem a começar a produzir os seus efeitos entre 6,7 a 12 dias depois de estarem lançadas, sendo que os seus efeitos podem fazer-se manifestar com mais insistência na vitima do malefício por um período ate 12 ciclos lunares, a fim de insistirem com a criatura atingida e que possa ela assim cair nos objectivos da maldição. Porem, se assim sucedendo por 12 ciclos lunares a maldição não atingir os seus fins, é comum que a mesma continue persistindo na vida da pessoa, atormentando-a ate que ela ceda. Algumas maldições contudo podem atingir famílias, e nesse caso poderão operar ao longo de gerações, sendo que se crê que nesses casos elas podem atingir entre 3 a 7 gerações. 
Toda a maldição pedida a um santo de Deus e estabelecida com a anuência de Deus, constitui um malefício irrevogável, pois que Deus é o Senhor de todas as bênçãos e de todas as maldições, uma vez que assim foi revelado:
Quando Deus te tiver introduzido na terra para onde te diriges, deverás colocar a bênção sobre o monte Garizim e maldição sobre o monte Ebal
Deuteronómio 11,29
Pois que assim se sabe que Deus é o senhor tanto de bênçãos como de maldições, sendo que Deus sobre ambas tem poder, e pelo Seu poder elas se estabelecem.
Sabemos também porquanto tempos elas se estabelecem numa alma, pois que assim está revelado:
Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe:«Senhor, quantas vezes devo perdoar, se o meu irmao pecar comtra mim? Até sete vezes?»
Jesus respondeu:«Não te digo sete vezes, mas até setenta vezes sete, porque o Reino do céu é como um rei que resolveu acertar contas com os seus empregados (…)»
Mateus 18, 21-12
Pois no perdao de Deus perdoa-se não 7 mas 70 x 7 vezes vezes, e por isso igualmente na maldiçao de Deus a perseguiçao do Senhor ocorre não 7 mas 70 x7  vezes.
O 7 é por isso o numero de Deus, o numero pelo qual Deus gerou toda a sua criaçao, e o numero pelo qual ocorrem tanto as Suas bençaos como as suas maldiçoes, o numero pelo qual de edifica tanto o seu perdao como a sua condenaçao, pois que está escrito que «o reino do ceu é como um rei que resolveu acertar contas com os seus empregados», e por isso quando deus impoem a sua vontade e resolver «acertar contas», Ele o fará conforme a sua lei de 70x7. Por assim ser, por periodos de 7 anos será essa pessoa atingida pela maldiçao que se renovará 70 vezes mais a cada 7 anos, ate que ceda, e se não ceder ao fim de um periodo de amaldiçoamento, entao outro periodo sobre ela recairá, e assim será perpetuamente e até há hora da sua morte.


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